Power line Communication: a rede na tomada

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Hoje vivemos em um mundo com tantos cabos para todos os lados que nos perdemos no meio deles. Saímos na rua e vemos os postes elétricos, com fios de luz e de telefone passando sobre as nossas cabeças.

Em casa, temos todos os aparelhos elétricos que passam pelo caminho até chegarem às tomadas. E, para completar, ainda usamos cabos de rede para conectar os PCs entre si e à internet. Isso porque nem tudo que é sem fio (wireless) funciona perfeitamente. Nem sempre o sinal sem fio trabalha sem falhar.

A rede direto na sua tomada

Ligue na tomada e conecte o cabo.Se a opção wireless fosse perfeita, seria a ideal, já que o não uso de fios sempre é a prioridade. Na procura por melhorar a qualidade e não ter ainda mais fios, foi criada a tecnologia PLC (Power line Communication).

Através de um adaptador conectado em sua tomada (na imagem ao lado, o Aztech HL106E), você transforma todo o sistema elétrico da sua casa em uma rede. Assim, cada tomada é um ponto de acesso.

Quando se fala em utilizar a rede elétrica para algo que não seja abastecer eletrônicos, já pensamos que pode dar errado e queimar os aparelhos. O fato é que a energia elétrica funciona na frequência entre 50 e 60 Hz, enquanto a conexão PLC usa de 1 a 30 MHz. Dessa maneira, um sinal supostamente não deve causar interferências ao outro.

A tecnologia funciona tanto de maneira interna, com a transmissão de dados usando a rede elétrica do prédio, apartamento ou casa, quanto externa, em que é usada a rede pública de energia para transmitir. A maior vantagem é que, com o Powerline, a velocidade se mantém bastante alta e dificilmente tem quedas.

Como usar

A instalação é muito fácil e acaba sendo um dos pontos mais positivos de se usar a tecnologia PLC. Tudo de que você precisa é de um adaptador (comumente chamado de Powerline Adapter). Você só precisa ligar o adaptador na tomada e conectar a ele o modem e o roteador. Depois disso, qualquer tomada em sua casa vira um ponto de acesso de rede.

Ou seja, você precisa de um adaptador, que será o distribuidor de sinal, e de um capaz de receber. Sendo assim, o segundo Powerline Adapter vai à outra tomada da residência, bastando então conectar um cabo de rede nele e no PC. Você pode usar quantos adaptadores quiser, ligando na tomada e conectando o cabo até o PC.

Como funciona a tecnologia.

Desvantagens: elas sempre existem

As ondas se interferem.Como dito, quando você conecta o adaptador em uma tomada da sua casa, todas as outras viram um ponto de acesso. Sendo assim, a interferência com outros eletrônicos que utilizem a frequência de rádio, como telefones sem fio e televisores é inevitável. Ondas como as de rádio e de televisão analógica também acabam sofrendo interferências graves com o PLC.

Também não se pode esquecer de que problemas como raios existem, e de maneira até frequente. Tudo bem, todos os nossos equipamentos eletrônicos já correm risco na tomada, mas o PLC acaba sendo mais um.

Outro ponto negativo é o fato de a tecnologia ser compartilhada paralelamente. Se não houver uma divisão clara entre apartamentos e casas, todos acabarão por compartilhar a conexão. E, é claro, a velocidade cai drasticamente, de acordo com quantas pessoas estão utilizando a rede no momento. Caso haja uma divisão, você não terá problemas, pois a rede é criptografada.

Mas a maior desvantagem da tecnologia é o fato de a conexão PLC ser prejudicada por filtros de linha, estabilizadores e no-breaks, ou seja, você só pode usar a tomada para o adaptador PLC. Além disso, o PLC é half-duplex: cada adaptador pode transmitir e receber dados através dele, mas não simultaneamente. Assim, os pontos funcionam um de cada vez.

Conclusão: quando poderemos usar?

Alguns países determinaram por lei a proibição da utilização do PLC. Porém, aqui no Brasil é permitido e já existem adaptadores da tecnologia à venda, com uma média de preço que vai de 300 a 500 reais (por um kit de dois aparelhos).

Os planos, entretanto, são de servir internet através desta tecnologia. Algumas experiências foram feitas em todo o mundo e várias delas mostram que vale a pena o investimento, com fatores que vão desde o custo não tão alto até a qualidade do serviço. No Brasil estão sendo feitos testes para implantação há muitos anos, pela Copel, no Paraná, Eletropaulo, em São Paulo, Celg, de Goiás e Light do Rio de Janeiro.

Sendo assim, é possível que no ano que vem vejamos serviços de internet sendo oferecidos pela energia elétrica. Com certeza seria prático não somente para aqueles que navegam em casa ou no trabalho, mas também para os serviços públicos espalhados pela cidade, que terão tráfego de dados fácil e desimpedido.

- Veja mais informações sobre isso no artigo Banda Larga na Tomada.

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