FIFA 15

Se os adeptos de FIFA para PC ficaram decepcionados com o fato de a EA ter deixado a plataforma sem a engine gráfica Ignite no ano passado, a espera pode ter valido a pena. Nesta temporada, já com o novo recurso, FIFA 15 traz melhorias relevantes e facilmente percebidas pelos fãs antigos da franquia.

Antes de nos aprofundarmos nos detalhes técnicos propriamente ditos, é válido salientar que esta é uma versão demonstrativa do jogo. Assim, o game é bastante restrito, disponibilizando somente oito equipes e dois modos de jogo. Além disso, é possível que melhorias e correções de possíveis bugs sejam realizadas até o lançamento final do título.

Dentro do estádio

A primeira coisa que você com certeza irá reparar em FIFA 15 é o salto gráfico se comparado ao seu antecessor nesta mesma plataforma. O visual do jogo como um todo está muito mais bonito: a fisionomia dos jogadores mais famosos está mais fiel; os elementos básicos, como bola, gols e personagens, estão mais polidos (resultando na menor presença de linhas serrilhadas e falhas do gênero); e os uniformes deixaram de ser completamente rígidos e começaram a ganhar movimento de acordo com a movimentação dos atletas.

No tocante à ambientação das partidas, os aperfeiçoamentos ficam por conta das marcas e degradações do gramado, da torcida em três dimensões, da movimentação diversificada de controladores de câmeras e seguranças e das transições animadas entre jogadas — incluindo cobranças de escanteios, laterais e faltas.

Outro ponto positivo ainda nesse sentido é a qualidade dos efeitos de áudio. As reproduções estão mais reais, como é possível perceber quando a bola bate na trave ou nas placas de publicidade atrás do gol. O mesmo se aplica aos gritos e cantos vindos das arquibancadas. A combinação dessas características faz com que a jogatina fique cada vez mais próxima da transmissão das partidas reais que vemos pela televisão.

Cada vez mais próximo do mundo real

Quando o assunto é jogabilidade, as mudanças também são impactantes. Os movimentos efetuados pelos atletas estão mais naturais, menos robóticos — embora não sejam perfeitos. Um exemplo disso está no controle de bola, que permite ao jogador conduzir a pelota durante corridas com maior facilidade, realizar dribles com maior eficiência e disparar chutes mais precisos.

Aqui, precisamos destacar ainda a grande melhoria nas animações e na inteligência artificial dos goleiros. Os defensores que permanecem debaixo das traves saltam com maior agilidade, com movimentos menos “travados” e passaram a ficar mais ligados nas jogadas, antecipando ataques adversários e evitando rebater a bola para dentro da área, por exemplo.

E isso não é tudo. Os atributos físicos dos atletas virtuais ganharam maior aplicação prática. Em outras palavras, o tamanho e a força de um jogador fazem a diferença na hora de disputar uma jogada corpo a corpo. Dessa maneira, os tradicionais empurrões e puxões de camisa se fazem mais presentes e efetivos para ganhar a posso de bola.

Peso pesado

Em contrapartida a tantas qualidades, FIFA 15 apresenta requerimentos e consumo dos componentes de hardware relativamente altos. Em consequência disso, não é qualquer máquina que é capaz de executá-lo e vários jogadores com computadores mais modestos podem ser obrigados a realizar upgrades no PC se quiserem usufruir das novidades trazidas pela franquia da EA.